alaia nº 1










dando inicio a um desejo muito antigo, fiz a minha primeira prancha de surf!
uma alaia, a numero 1. de linhas simples e sem grandes invenções. fiquei viciado!
já testada, foi um sucesso, não só flutua como é surfável...

a beleza de madrugar na várzea

tempo relativo



uma espera desesperante ao sol do meio dia, acabou por originar distorções da realidade.
a moleza abate-se, o ócio instala-se. o tempo deixou de respeitar qualquer regra.

paraíso em casa

quando a fome aperta...


mais uma vez vejo eu a previsão, cruzo toda a informação meteorológica que consigo encontrar, provenientes de várias entidades diferentes a fim de chegar à conclusão que tanto anseio: existe a possibilidade de haver algum tipo de surf!
não é ter boas ondas, não é uma boa tarde passada no mar, não é nada de especial... é simplesmente entrar dentro de água e sentir o frio a rodear-me para me arrepender de ter entrado, tudo para apanhar aquela ondinha, inesperada, pequena, incerta, torta e isolada, que me irá fazer sorrir por uns belos 2 a 3 dias.
quando a fome aperta, o cheiro a comida já satisfaz, já nos entretém até o prato chegar à mesa.
pois quando não vou à água por algum tempo começo a esquecer-me da ultima vez que fui... tudo desmorona á minha volta. preciso de uma migalha para me calar. de uma marreca para me empurrar. hoje também não foi esse dia! havia uma possibilidade ridícula de haver uma amostra de maré favorável a quebrar a minha falta de paciência, no momento em que cheguei à praia uma aberta de sol e vento pareciam acudir as preces... não. tempestade certeira em cima de quaisquer esperanças que ainda restassem, mesmo assim que toquei no manipulo da porta do carro. chuva, vento, frio, escuro. fui para casa irritado, novamente!
zen... calma... peace... em breve... diz-me quem me rodeia. uma semana sem entrar naquele elemento líquido transforma qualquer um!

fragmentos de um passado

O medo de não deixar uma marca naqueles que me rodeiam torna a minha vida uma insignificância avassaladora. Que não me suceda o que vi. Que não me ignorem quando os anos me passarem. 

Esquecidas por todos. Casas que albergaram famílias, que gravaram momentos. São espaços que outrora cobriam vidas. Agricultores e pastores, gentes da terra. Congeladas pelo tempo, são museus de memórias intocadas pelo passar dos anos. Mostrar a todos os que vieram ocupar o que os outros deixaram para trás. “Fragmentos de um passado” é, portanto, um projecto sem fim à vista.













rostos que me rodeiam